Retrato de um dia de liberdade.

Beata moça de seios largos.
Sorriso amargurado,
me puxa pro seu lado.
E com um estranho riso,
que me deixa abobado.
Me diz que esta tudo,
mais que terminado.
Nos embalos do álcool a noite.


Nos embalos do álcool a noite
A vida flui
Riscando possibilidades de felicidade.
Com o sol brilhando forte nos pavimentos
Os faz rachar
De dor
Pudor
Ardor imensurável
Minha alma é dividida
E todos podem pegar um naco.
Grande opressor são os que sentam em cadeiras de marfim
E se deliciam com whisky 20 anos.
O evangelho das estátuas chorosas
Querubim poeta ambíguo de sorriso corrosivo
Entope de lato latria latrina o rubro sacerdote
Feito de um veludo venenoso poligâmico.
E mais um óvulo aflora dentro do overnight fraudulento.
Um motete político é pronunciar educação
Nesses tempos de cólera.
Sorteando a base da sotaina quem vive e quem morre.